quarta-feira, 29 de maio de 2013

A era das máquinas inteligentes

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É possível que o trabalho intelectual seja automatizado em breve

As máquinas inteligentes estão evoluindo em uma velocidade vertiginosa. A lei de Moore – que afirma que a capacidade computacional disponível para dado preço dobra a cada 18 meses – continua de pé. Essa capacidade está saltando dos computadores de mesa para os bolsos das pessoas. Mais de 1,1 bilhão de pessoas possuem smartphones e tablets e os fabricantes estão colocando sensores inteligentes em todo tipo de produto. Máquinas inteligentes também alcançaram uma nova fronteira social: trabalhadores do conhecimento agora estão no olho do furacão. Bancários e agentes de viagem já foram relegados ao arquivo morto aos milhares; os próximos serão os professores, pesquisadores e escritores. A questão é se a criação compensará a destruição.

Dois acadêmicos da Sloan Business School do MIT, Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee, adotaram um ponto de vista surpreendente: o que não é surpresa, uma vez que os teóricos da administração gostam de estar do lado dos vencedores e devido ao fato de que o MIT é uma das fortalezas do tecno-utopismo. Em “Race Against the Machine”, lançado em 2011, eles antecipam que muitos trabalhadores intelectuais estão prestes a enfrentar dificuldades. Há muitas chances de que a tecnologia venha a destruir mais empregos do que criá-los. A probabilidade de que a tecnologia venha a acirrar as desigualdades é ainda maior. A tecnologia está criando ainda mais mercados nos quais inovadores, investidores e consumidores – e não os trabalhadores – ficam com as maiores fatias dos ganhos. A tese de Brynjolfsson-McAfee explica um dos aspectos mais intrigantes da economia moderna: porque tanta criatividade tecnológica pode coexistir com salários em estagnação e desemprego em massa.

Um novo estudo do McKinsey Global Institute (MGI), “Tecnologias disruptivas: Avanços que transformarão a vida, os negócios e a economia global”, investiga essa questão e reúne muitos exemplos de como a internet está revolucionando o trabalho intelectual. Escritórios de advocacia estão usando computadores para pesquisar enormes volumes de documentos jurídicos e precedentes. Empresas do ramo financeiro estão usando computadores para monitorar fluxos de notícias e fazer apostas financeiras com base nesse fluxo. Hospitais estão usando robôs para realizar cirurgias de alta precisão.
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* Texto traduzido e adaptado da Economist por Eduardo Sá
Fontes: The Economist - The age of smart machines e  http://opiniaoenoticia.com.br/economia/a-era-das-maquinas-inteligentes/

Um comentário:

  1. Caro Zelmar,

    Porém, a criatividade humana (música e literatura) diminuiu muito.

    abraços

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