Acredito que os místicos, os santos,
continuarão sempre a escrever e nos deixarão o melhor de si, como a
beata Maria Cândida da Eucaristia, que deixou vários textos preciosos.
Beatificada em 21 de março de 2004 pelo Papa João Paulo II, Maria
Cândida da Eucaristia era carmelita descalça do Carmelo de Ragusa, na
bela Sicília, Itália. Terra cheia de sol, de mar, de gente temperada no
sofrimento, mas boa de coração, com forte espiritualidade. Esta monja
carmelita descalça, nascida no dia 16 de janeiro de 1884, quando
Teresinha de Lisieux tinha apenas 11 anos, passou uma infância normal,
sem sofrimento.
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Os pais eram pessoas de posses, mas como
era exigido na Sicília do tempo, não era permitido às mulheres estudar
muito. Terminados os estudos primários, aos 14 anos, viu-se obrigada a
deixa-los de lado e a se preparar para ser uma boa moça da sociedade. E
uma boa jovem não podia desconhecer o piano. Aprendeu a tocar
relativamente bem. Esperou até os 35 anos quando e, contrariando a
família, entrou no Carmelo de Ragusa.
No noviciado, como era costume, trocou o nome de Maria Barba para irmã Cândida da Eucaristia. Este nome foi o seu projeto de vida até a morte, em 12 de junho de 1949. Foi também importante referencial para o seu Carmelo, sendo muitas vezes priora e formadora. Toda a vida de irmã Cândida foi um hino de amor a Jesus Eucarístico, a ponto de ser chamada a "Mística da Eucaristia". Não escreveu obras de teologia, mas nos transmitiu o seu amor a Jesus por meio de poesias, orações e breves meditações.
Apresento, aqui, um texto dessa beata
escrito em forma de carta. Ela sente a presença viva de Jesus e a ele
dirige as palavras mais doces e ternas que sabe pronunciar o seu coração
enamorado e apaixonado. Não há nela frieza e nem medo de não ser
entendida. O amor é sempre compreendido por aqueles que amam.
Somos alimentados com Cristo Eucaristia para, com o mesmo amor, alimentarmos o amor dos nossos irmãos e irmãs. |
Oh Jesus hóstia de amor, hóstia
imaculada, imenso fascínio da minha alma, gostaria de contemplar-te
sempre, beber de ti um amor e uma pureza infinitos. Gostaria de ser
semelhante a ti, para alegrar-te. Ó meu Jesus, doa-me o esplendor da
hóstia, dá-me o candor da hóstia imaculada... Ó alimento divino,
gostaria de transformar-me em ti, de tornar-me para ti como tu uma
hóstia pura, dulcíssima e santa. Como eu me comprazo em ti, assim
gostaria que tu te comprazas em mim. (Clique aqui para ler a carta na íntegra )
Que as palavras de Beata Cândida da Eucaristia possam ser para nós um momento de adoração a Jesus presente em todos os sacrários do mundo e para que todos possam redescobrir a beleza de Jesus que nos deixou a plenitude do seu amor para que nada nos possa afastar dele e dos irmãos.
Que as palavras de Beata Cândida da Eucaristia possam ser para nós um momento de adoração a Jesus presente em todos os sacrários do mundo e para que todos possam redescobrir a beleza de Jesus que nos deixou a plenitude do seu amor para que nada nos possa afastar dele e dos irmãos.
Somos alimentados com Cristo Eucaristia para, com o mesmo amor, alimentarmos o amor dos nossos irmãos e irmãs tão sedentos de paz e de alegria.
Frei Patrício Sciadinni, OCD
teólogo e escritor
Fonte: http://www.arquidiocesebh.org.br/site/
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