Putin
culpou o Ocidente pela violência e a instabilidade política ucraniana e
afirmou esperar que a Europa e os Estados Unidos estejam dispostos a
ceder
O presidente russo, Vladimir Putin, disse neste sábado que uma
nova Guerra Fria, em consequência à crise da Ucrânia, é improvável, e
afirmou que não está tentando reconstruir a União Soviética ao anexar a
ex-península ucraniana da Crimeia.
Em entrevista a várias agências de notícias, incluindo a agência inglesa de notícias Reuters,
Putin culpou o Ocidente pela violência e a instabilidade política
ucraniana e afirmou esperar que a Europa e os Estados Unidos estejam
dispostos a ceder.
- Não gostaria de pensar que esse é o começo de uma nova Guerra Fria.
Não é do interesse de ninguém e acho que não acontecerá – afirmou
Putin, sentado em uma grande mesa ao lado de jornalistas no ambiente
externo de um palácio em São Petersburgo.
Ele negou que os planos de formar um bloco de comércio com duas
ex-repúblicas soviéticas, Cazaquistão e Belarus, tenham a intenção de
reconstruir a União Soviética, dissolvida em 1991.
- Eles tentam colocar um rótulo na gente, um rótulo de que estamos
tentando restaurar um império, a União Soviética, subordinar todo mundo.
Isso absolutamente não corresponde à realidade – afirmou Putin. “É uma
arma de guerra midiática.”
A crise na Ucrânia fez as relações entre Ocidente e Oriente chegarem
ao seu pior patamar desde o fim da Guerra Fria, ocorrida há duas
décadas, com o fim da União Soviética.
Putin também disse a um grupo de jornalistas estrangeiros, nos
bastidores do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, que a
Rússia representa os interesses de mais países, e que não pode concordar
em ser tratada sem igualdade.
Criticando as sanções impostas pelos Estados Unidos e a Europa devido
à crise ucraniana, ele afirmou que a Rússia não será isolada
internacionalmente por conta da crise.
- Acho que a ideia de isolar um país como o nosso só pode ser
temporária. É impossível – afirmou. A Rússia assinou nesta semana um
acordo de 30 anos para prover gás natural para a China, no valor de
US$400 bilhões.
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Por Redação, com Reuters - de São Petersburgo
Fonte:http://correiodobrasil.com.br/24/05/2014
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