domingo, 5 de maio de 2013

Dinheiro compra felicidade

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Um novo estudo examina a relação entre renda e bem-estar

O paradoxo de Easterlin, batizado em homenagem ao economista Richard Easterlin, diz que uma renda mais alta não necessariamente torna as pessoas mais felizes. Desde que Easterlin fez sua conjectura em 1974, a visão dos economistas evoluiu: o dinheiro é importante, sugerem os estudos, mas até certo ponto. A partir de certo nível de renda, um contracheque maior não implica mais felicidade.

No entanto, um novo estudo assinado pelos economistas Betsey Stevenson e Justin Wolfers, ambos da Universidade de Michigan, lança novas dúvidas sobre essa questão. Os economistas usaram um grande conjunto de dados gerados pela Gallup, uma empresa de pesquisa. A Gallup pediu a respondentes de todo mundo que imaginassem uma “escada da satisfação” em que o topo representasse a melhor vida possível. Aqueles que participaram da pesquisa em seguida respondem em que altura da escada se encontram (de zero a um máximo de dez), e quanto ganham.

De acordo com a pesquisa, embora alguns países pareçam mais felizes que outros, as pessoas em todos os lugares afirmam que se tornaram mais felizes à medida que enriqueceram. E o que é ainda mais interessante é que a relação entre renda e felicidade pouco muda à medida que as pessoas enriquecem. Uma pessoa rica que se torna mais rica parece elevar sua felicidade tanto quanto alguém que se torna menos pobre. As pessoas nunca se cansam de ganhar mais.

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*Texto adaptado e traduzido da Economist por Eduardo Sá
Imagem :  (Reprodução/Internet)

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