“Desaprender dá mais trabalho do que aprender”. Mas é tão importante
quanto aprender, habilidade que será exigida continuamente dos
profissionais no futuro pelo mercado de trabalho. É o que defende o
cientista-chefe do Centro de Estudos de Sistemas Avançados do Recife
(Cesar), que na manhã desta sexta-feira deu uma palestra aberta ao
público sobre o tema “O novo mercado de trabalho e as novas profissões”,
em comemoração aos 20 anos do Boa Chance, no Centro Empresarial Rio, em
Botafogo.
— Para continuar no mercado de trabalho, a estratégia é investir em aprendizado e cultura. E, como os próximos anos vão mudar muito e cada vez mais rapidamente, os profissionais precisam fazer três coisas, que são aprender, desaprender e reaprender. E desaprender é muito mais complicado e dá mais trabalho do que aprender — disse Silvio Meira, lembrando que, quando a internet foi lançada, por cerca de dez anos muitas empresas negavam a sua existência. — Ninguém conseguia desaprender a fazer as coisas como faziam. Quando conseguiram, já estavam atrasadas.
Meira afirmou, também, que, embora hoje em dia se tenha a percepção de que é preciso aprender cada vez mais rápido, isso não é uma novidade:
— Seja qual for o mercado, ele está em constante transformação.
Nesse cenário, o cientista do Cesar acredita também que os profissionais vão precisar renovar o conhecimento a todo momento:
— No mercado de informática, por exemplo, a cada 18 meses, pelo mesmo preço, tem-se o dobro da capacidade. Quem se formar e não se mantiver aprendendo o tempo todo corre o risco de não arranjar outro trabalho.
O palestrante também destacou as ondas de inovação vividas pela sociedade desde o século 18. Foram elas: a mecanização e o comércio, entre 1785 e 1845; o surgimento da energia a vapor e das ferrovias, entre 1845 e 1900; a eletricidade e o motor, entre 1900 e 1950; a eletrônica e a aviação, de 1950 a 1990; a de software e redes, a partir de 1990.
— Para cada onda de inovação, há profissões que são criadas e outras que são destruídas. E cada onda cria demanda para que as pessoas aprendam mais, pois cada pico faz aumentar a obsolecência do conhecimento.
Silvio prevê, ainda, que, no futuro, a informatização será muito maior do que nos dias de hoje. A ponto de neurocirurgias serem realizadas por robôs e ônibus não terem mais motoristas.
— O quer der para informatizar, nós vamos informatizar. O mercado de informática contamina todos os outros mercados.
O que também deve acontecer nos próximos anos — e já está ocorrendo, frisou o cientista — é a sobreposição das competências pessoais às competências técnicas.
— Em entrevistas de emprego, cada vez mais são feitas perguntas que não têm a ver com a formação clássica do profissional, mas com sua disposição para o mundo. Algumas coisas são mais importantes do que ser o melhor físico de partículas — diz Meira, exemplificando com o conjunto de “És” que integra as entrevistas. — Você é fácil de ser encontrado? É simples? É ágil? É flexível? É confiável? É móvel? É útil? É autêntico?
— Para continuar no mercado de trabalho, a estratégia é investir em aprendizado e cultura. E, como os próximos anos vão mudar muito e cada vez mais rapidamente, os profissionais precisam fazer três coisas, que são aprender, desaprender e reaprender. E desaprender é muito mais complicado e dá mais trabalho do que aprender — disse Silvio Meira, lembrando que, quando a internet foi lançada, por cerca de dez anos muitas empresas negavam a sua existência. — Ninguém conseguia desaprender a fazer as coisas como faziam. Quando conseguiram, já estavam atrasadas.
Meira afirmou, também, que, embora hoje em dia se tenha a percepção de que é preciso aprender cada vez mais rápido, isso não é uma novidade:
— Seja qual for o mercado, ele está em constante transformação.
Nesse cenário, o cientista do Cesar acredita também que os profissionais vão precisar renovar o conhecimento a todo momento:
— No mercado de informática, por exemplo, a cada 18 meses, pelo mesmo preço, tem-se o dobro da capacidade. Quem se formar e não se mantiver aprendendo o tempo todo corre o risco de não arranjar outro trabalho.
O palestrante também destacou as ondas de inovação vividas pela sociedade desde o século 18. Foram elas: a mecanização e o comércio, entre 1785 e 1845; o surgimento da energia a vapor e das ferrovias, entre 1845 e 1900; a eletricidade e o motor, entre 1900 e 1950; a eletrônica e a aviação, de 1950 a 1990; a de software e redes, a partir de 1990.
— Para cada onda de inovação, há profissões que são criadas e outras que são destruídas. E cada onda cria demanda para que as pessoas aprendam mais, pois cada pico faz aumentar a obsolecência do conhecimento.
Silvio prevê, ainda, que, no futuro, a informatização será muito maior do que nos dias de hoje. A ponto de neurocirurgias serem realizadas por robôs e ônibus não terem mais motoristas.
— O quer der para informatizar, nós vamos informatizar. O mercado de informática contamina todos os outros mercados.
O que também deve acontecer nos próximos anos — e já está ocorrendo, frisou o cientista — é a sobreposição das competências pessoais às competências técnicas.
— Em entrevistas de emprego, cada vez mais são feitas perguntas que não têm a ver com a formação clássica do profissional, mas com sua disposição para o mundo. Algumas coisas são mais importantes do que ser o melhor físico de partículas — diz Meira, exemplificando com o conjunto de “És” que integra as entrevistas. — Você é fácil de ser encontrado? É simples? É ágil? É flexível? É confiável? É móvel? É útil? É autêntico?
Reportagem por Maíra Amorim (Email)
Fonte: http://oglobo.globo.com/07/09/2013
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