quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ray Bradbury: ícone do Tea Party

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Após o 11 de setembro Bradbury definiu George Bush como “maravilhoso” 

e disse que o país “precisava dele” (Reprodução/Slate)

Artigo da Slate aborda conservadorismo do escritor norte-americano morto nesta terça-feira, 5.

Ainda que seja lembrado hoje por suas realizações literárias, Ray Bradbury, morto na última terça-feira, 5, aos 91 anos, deixou grande parte de seu legado nas mensagens políticas de seus livros, diz artigo da Slate. “Fahrenheit 451 será lembrado por liberais como uma crítica à censura do McCartismo. Mas aqueles da direita o viram como um ataque ao politicamente correto e veem paralelos na distopia de Bradbury com tudo que eles acham que está errado nos Estados Unidos moderno”.
O livro que fala de uma sociedade que parou de ler antes que o Estado a proibisse de fazê-lo e que, consequentemente, se tornou uma comunidade de ignorantes, onde mulheres votavam em candidatos pela beleza e abdicavam da maternidade largando os filhos em frente à televisão. A cultura da sociedade ficou imersa em suicídio, negligência com crianças, aborto e passividade. Soa familiar? O artigo ressalta, que o próprio Bradbury era um conservador convicto no final da sua vida e teria sido um grande ícone do Tea Party.
Bradbury chegou a chamar o ex-presidente da NRA (Associação Nacional de Rifles) Charlton Heston de “intelectual”, Bill Clinton de “cabeça de mer–” e teceu comentários pouco elogiosos a Michael Moore também. Após o 11 de setembro ele definiu George Bush como “maravilhoso” e disse que o país “precisava dele”.
Antes das eleições de 2010, Bradbury se aproximou da linguagem utilizada pelo Tea Party ao clamar por uma nova revolução norte-americana. “Espero que neste outono, possamos destruir parte do nosso governo, e no próximo ano destruir ainda mais”, disse ele em uma das suas últimas entrevistas à revista Time. Isso é mais do que suficiente para fazer quaisquer fãs progressistas de Bradbury se sentirem um pouco desiludidos em seu luto, conclui o artigo reproduzindo logo em seguida um trecho de Fahrenheit 451 que pode ser lido como uma crítica ao anti-intectualismo. 
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 http://opiniaoenoticia.com.br/07/06/2012

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