domingo, 30 de março de 2014

TRÊS ANEDOTAS

 
ANEDOTA (BACH) BACH
Quando sua mulher morreu, teve de tomar providências para o enterro. Mas o pobre homem estava habituado a deixar que sua mulher se ocupasse de tudo; de tal modo que, quando veio um velho criado e lhe pediu dinheiro para o crepe que queria comprar para o luto, ele respondeu entre lágrimas silenciosas, a cabeça apoiada numa mesa: "Fale com minha mulher". 

O BURIL DE DEUS

Na Polônia havia uma condessa de P..., dama idosa que levava uma vida de muitas maldades e, com sua avareza e crueldade, torturava especialmente seus subordinados, sugando-lhes o sangue. Essa dama, vindo a morrer, legou sua fortuna a um convento que lhe concedera absolvição; em contrapartida, o convento erigiu-lhe no cemitério uma suntuosa lápide mortuária, trabalhada em bronze, na qual se fazia menção, com muita pompa, às circunstâncias dessa doação. Dias depois, o raio se abateu sobre a lápide, derretendo o bronze, e não deixou senão um punhado de letras que, lidas em conjunto, diziam: ela foi julgada! O evento (que o expliquem os sábios versados nas escrituras) está fundamentado; a lápide mortuária ainda existe, e nessa cidade vivem homens que a viram junto com a inscrição citada. 

ANEDOTA (DIÓGENES)

Quando se perguntou a Diógenes onde ele queria ser enterrado depois de sua morte, ele respondeu: "No meio do campo, ao ar livre". O quê?, atalhou o que perguntara, você quer ser devorado pelas aves e pelos animais selvagens? "Que se coloque então ao lado o meu cajado", respondeu Diógenes, "para que eu possa afugentá-los". Afugentá-los!, exclamou o outro; quando você estiver morto, não terá mais nenhuma sensação. "Pois é, o que me importa então", replicou, "se as aves me devorarem ou não?". 

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