Com as constantes quedas de popularidade e diante
de uma crise político-partidária sem precedentes, a presidente
do país
resolveu abrir o verbo
A linguagem é uma
fonte de mal-entendidos, já dizia a raposa ao príncipe no clássico de
Antoine de Saint-Exupéry. Nada mais inadequado para resolver um problema
do que entrar num bate-boca. Sem pensar, e no ímpeto de defender suas
posições, uma pessoa acaba enfraquecendo seus argumentos com afirmações e
atos impensados.
Atônita com as
constantes quedas de popularidade e diante de uma crise
político-partidária sem precedentes, a presidente do país resolveu abrir
o verbo contra os médicos brasileiros alegando que os profissionais de
saúde vindos de Cuba são mais atenciosos.
Antes de mais nada, o
comentário infeliz demanda um pedido de desculpas. Evidente que esta
afirmação afronta toda uma categoria que tem na excelência de formação e
no trabalho abnegado suas mais importantes características?
diferentemente da classe política brasileira, por exemplo ? se fôssemos
fazer uma comparação na base do bate-boca.
Hoje – e sempre -, o
médico brasileiro tem, e teve, melhor formação do que seu colega cubano,
além de mais acesso a fontes de atualização ? como a internet, por
exemplo (privilégio de pouquíssimos em Cuba) – e, ainda, melhores
ganhos.
Não condiz com a
verdade a afirmação da presidente de que os médicos cubanos sejam mais
requisitados pelos prefeitos no país por serem mais atenciosos. Sujeitos
a um esquema de trabalho ? vinculado com Havana ? que se assemelha à
escravidão, os médicos cubanos custam menos e a conta ainda é paga pelo
Governo Federal. Esse é seu único diferencial.
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Por Claudio Carneiro
Fonte:http://opiniaoenoticia.com.br/opiniao/
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